É possível ser estudante e trabalhar em França. Porém, é preciso conhecer algumas regras.
OS ESTUDANTES ESTRANGEIROS PODEM TRABALHAR EM FRANÇA
A lei francesa autoriza os estudantes estrangeiros a trabalhar, como forma de completar a sua renda, por 964 horas anuais, ou seja, o equivalente a 60% da duração legal da jornada de trabalho normal.
A trabalhar em França, estudante ou não, um salário mínimo é garantido legalmente. Este salário é conhecido como SMIC (salaire minimum interprofessionnel de croissance) equivalente a 10,25 euros brutos por hora em 1 de janeiro de 2021. É preciso considerar as taxas sociais obrigatórias (cerca de 20%) para saber quanto realmente ganhará pelo seu trabalho, ou seja, cerca de 8,11 euros/hora. Se trabalhar cerca de 10 horas por semana com o salário mínimo, ganhará aproximadamente 81 euros.
SER ESTUDANTE E TRABALHAR NUMA UNIVERSIDADE
Em França, os estudantes estrangeiros também podem trabalhar na instituição onde estudam. Tais contratos de trabalho duram no máximo 12 meses, seguindo o ano universitário, de 1 de setembro a 31 de agosto. O trabalho geralmente consiste em atividades que contribuam para o bem-estar na universidade: recepção de estudante no início das aulas, serviço cultural ou desportivo, acompanhamento de estudantes deficientes.
A fim de contribuir para o sucesso académico e a inserção profissional dos estudantes, o trabalho estudantil na universidade é adaptado aos horários e ao ritmo dos estudos. Pela mesma razão, os estudantes que trabalham nas universidades não podem trabalhar mais de 670 horas entre 1 de setembro e 30 de junho nem mais de 300 horas entre 1 de julho e 31 de agosto.
FAZER UM ESTÁGIO DURANTE OS SEUS ESTUDOS
Ao longo de algumas formações académicas, é necessário realizar um estágio profissional para obter o diploma. Estudantes franceses e estrangeiros devem seguir as mesmas regras:
- O estágio deve ser regulamentado por uma “Convention” (contrato), assinada pela instituição de ensino e pela instituição que contratou o estudante
- Se o estágio durar mais de dois meses, o estudante deverá receber um subsídio à volta dos 600 euros mensais (informação válida desde 1 de janeiro de 2021).